Minha primeira vez em Paris: Explorando a cidade luz
Minha melhor amiga se mudou para Paris em 2007 e eu como apaixonada por viagens não pensei 2 vezes em fazer uma visitinha!
Nessa época minha visão era melhor, ainda conseguia andar sozinha sem auxilio, porém, por precaução, comprei minha primeira bengala. Planejei a viagem com 1 ano de antecedência, fui para Paris, Madrid e Grécia, comprei passagem aérea em vôos charters (fazem somente Europa e são mais econômicos, não possui serviço de bordo e para despachar bagagem precisa pagar a parte), consegui bons preços. Bengala na mochila, malas prontas e pé nos ares!!! Em setembro de 2008 lá estava eu indo rumo a Europa!
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Foi a primeira vez que fiz uma viagem sozinha depois que minha visão piorou, eu estava com uns 20% de visão na época. Chegando em Paris minha melhor amiga me esperava no aeroporto. Pegamos um ônibus para ir do aeroporto Charles de Gaulle até o centro de Paris, fui apreciando a paisagem (o que conseguia enxergar) por todo o caminho, sem acreditar que estava na iluminada Paris!
No dia de minha chegada teve show da Madonna, como não poderia perder nenhum
passeio, chegamos na casa da minha amiga, deixamos as coisas, troquei de roupa e bora para o show! Se eu estava cansada? 12 horas de viagem, mudança de fuso horário, longas caminhadas carregando mala pela rua… Imaginaaa… Mas não podia deixar a oportunidade de ver a diva e ainda em Paris! Chegamos com bastante antecedência para pegar um bom lugar. Pela primeira vez na minha vida e última, até agora, dormi em pé, literalmente, quando eu começava a bambear acordava. Mas, tirando o cansaço, o show foi incrível!! Só não consegui enxergar as performances dela no palco, que me disseram que foram demais. 🙁
Aos finais de semana tinha minha amiga para fazer os passeios comigo e era tudo super tranquilo, ai chegou a segunda-feira e precisei sair sozinha, ai ai. No Brasil fechei um citytour com a CVC, minha amiga me ensinou como chegar no local de metrô, que não são acessíveis, maior escadaria, (dica: dependendo de quantos dias vai ficar, compensa comprar um bilhete que vale para a semana toda) e lá fui eu. A cada 200m perguntava para alguém onde era o local, até que consegui chegar, fiz o passeio, ficávamos dentro do ônibus com um fone que explicava sobre os locais que passávamos, me ajudou a ter uma noção de cada lugar, mas não via lá muita coisa pela janelinha do ônibus. Acabando o passeio fui ao Museu do Louvre que era do lado, tentando achar a entrada levei aquele tombo, meu óculos escuros voou longe, não vi um cone que estava no meio do caminho, um homem que estava ao telefone foi perto de mim e ficou me olhando para ver se eu estava bem, em momento algum me ajudou a levantar, levantei toda envergonhada e continuei a busca pela entrada, perdi um bom tempo até conseguir encontrar, as pessoas apontavam mas não enxergava, ia andando meio na direção do braço da pessoa e perguntando várias vezes, quando finalmente encontrei uma brasileira fiquei feliz, nesse tempo meu inglês era bem meia boca, falei com a brasileira, me ignorou, cutuquei as costas dela e mesmo assim me ignorou, fiquei com muita raiva! Ao contrário do que todos me diziam, os franceses foram super receptivos comigo, tudo bem que aprendi a dizer em francês “Você fala inglês?”, não sei se isso ajudou a abrir uma porta com eles (sugiro a sempre aprender algumas frases básicas quando forem a um país com diferente idioma: Obrigado, bom dia, licença, desculpa, quanto custa…), mas sempre me ajudaram quando precisei, uma vez no metrô o rapaz estava esperando o trem quando perguntei uma direção, ele olhou no relógio e foi me levar no lugar correto que era bem contrário de onde ele estava e depois retornou. Bom, depois de muito procurar encontrei, comprei meu bilhete e entrei no famoso Louvre!
Genteee, o negócio é GIGANTESCO!!! Andei horrores lá dentro sem ver nada de muito interessante para mim, ai resolvi procurar o que tem de mais importante, o quadro da Mona Lisa, decepcionante, super pequeno e não podemos chegar muito perto, tirei algumas fotos e fui embora.
Atrás do Museu tem a também famosa pirâmide de vidro, que apareceu no filme “O Código Da Vinci” (confesso que só soube que era conhecida depois de retornar ao Brasil, mas tinha tirado fotinhos).
Após muito caminhar o estômago começou a roncar, e agora? Como vou pedir comida? Mal falo inglês que dirá francês, não enxergo para ler o cardápio e foi quando durante a caminhada passei por uma barraquinha de crepe, simples, aprendi a falar queijo em francês (fromage) e foi minha refeição de todos os dias em Paris! Simplesmente delicioso! (e fácil de achar, era só procurar pelo cheiro…rs)
No dia de ir a Catedral de Notre-Dame, não conseguia que as pessoas entendessem onde eu queria ir, tentei falar Notre-Dame com todos os sotaques diferentes, mas ninguém entendia! Repetia milhões de vezes o nome, até a pessoa dizer “Ah, Notre-Dame” do mesmo jeito que eu já tinha dito antes, ai fazia aquela cara e pensava “foi isso que eu já tinha falado”. Mas foi mais um dia de caminhada, de apontadas e eu indo na direção do braço, e em uma dessas o cara apontou e disse “É ali”, estava do outro lado da rua meio na minha diagonal (foi a direção que vi do braço dele), cheguei mais perto, antes de atravessar a rua e vários Clicks! Atravessei e fui até a entrada, chegando lá e o que descubro? Não era Catedral nenhuma, e sim uma loja de souvenirs! Kkkkkkk.
Fiz algumas comprinhas e andei mais um pouco, parada pra comer crepe quando atrás de mim na fila um brasileiro, ele me ajudou a chegar na Catedral finalmente! Adorei o lugar, uma energia muito boa lá dentro, pena que só depois que voltei para o Brasil que soube que dava para subir na torre, mas só de ficar um tempo lá dentro já dei uma renovada nas energias.
Outro mico foi quando procurava o Grand Palais, fiquei tirando fotos, quando cheguei mais perto fiquei olhando e achei o lugar estranho, não encontrava a entrada e continuei andando até encontrar uma mulher que me mostrou a entrada, nada a ver de onde estava tirando fotos!
Uma das coisas ruins de se viajar sozinha é não ter com quem comentar sobre os lugares e não ter quem tire foto sua. Quando fui na Plaza de La Concorde (quando forem aproveitem para tomar sorvete em um trailer que tem lá, uma delícia!) pedi para uma mulher tirar foto minha, ela olhou para mim e disse não, fiquei com a câmera na mão (naquela época não tinha câmera em celulares, afe, me senti velha com esse comentário) meio sem reação olhando para cara dela, foi quando ela se ligou e pegou minha câmera, será que ela pensou que eu queria tirar foto dela? Vai saber…
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Próximo de lá possui a Igreja de La Madeleine, não achei grande coisa.
Andei muito pela cidade de Paris, aprendia a fazer um caminho e tinha sempre que fazer o mesmo caminho na ida e volta, por mais que passasse por outras estações do metrô durante a caminhada, ficava com medo de me perder e sempre que estava dentro do metrô via passar a estação que eu tinha ficado com medo de entrar…rs.
A Basílica de Sacré Cour está localizada no topo do Monte Martre que é o ponto mais alto de Paris, de lá consegue se ver toda a cidade, uma vista linda! Lá fui com minha amiga então não passei por apuros…rs.
Para ir ao Palácio de Versalles tem como ir de trem, mas fiquei com medo de me perder nas estações, porque teria que fazer baldeação do metrô para o trem e a estação é gigantesca, ai fechei com uma agência de ir de ônibus, chegando lá o grupo se dissipou e fiquei sozinha, peguei o fone explicativo, precisa digitar o número correspondente de cada ambiente para começar a ouvir a história. Bom, não conseguia ver os números e fui andando de cômodo em cômodo sem saber nada, via os móveis mas não fazia muito sentido por não saber a história, foi quando conheci um casal de Curitiba, super simpáticos! A mulher adorou ficar lendo as histórias para mim, já que o marido não estava dando um pingo de atenção..rs.
Acabei passando o resto do dia com eles, fizemos alguns passeios saindo do Palácio,fomos ao Pantheon, mesmo sem bengala o rapaz da bilheteria percebeu que eu era deficiente visual (talvez porque me atrapalhei para entrar na fila), não paguei ingresso e ainda recebi uma apostila com o relevo da arquitetura do Pantheon e história em braile, que infelizmente sou “analfabraille” e não consegui ler o que estava escrito, achei bem legal eles terem esse recurso.
Mantive contato com este casal por um tempo, mas com a exclusão do Orkut acabei perdendo o contato deles, infelizmente.
Como uma boa amante da Disney meu último dia em Paris foi na Euro Disney! A estrutura é bem menor do que a de Orlando, porém possui o mesmo efeito de nos tornar criança de novo!!! As músicas pelo parque, os shows, os personagens andando pelo parque para tirarmos fotos, os brinquedos… tudo incrível!
*Continuação da viagem nos próximos posts.
Apreciando os encantos da Grécia
Leia também:
O que fazer em Paris: Conheça os principais pontos turísticos
Assista ao vídeo com as fotinhos da viagem.
Adorei!! Precisa ter muita coragem para viajar sózinho pra outro país onde não falamos a língua deles e ainda mais sem enxergar direito …parabéns pela coragem e determinação!!
Gostei muito ! Viajei por lá com você ! Os seus Pais foram com você em outra vez por lá, certo ? Beijos
Obrigada Silvana! Espero que goste e acompanhe minhas aventuras, ainda tem muitas por vir! Abraços
Obrigada! Sim, em 2014, mais para frente falarei dessa viagem também. Aguarde! Abraços
Nossa!!!!! Achei muito bacana a ideia do blog.
Adoro viajar e ainda iremos tornar o nosso sonho de expedição realidade e tudo sem ver um tantinho assim que seja.
Sembora!!!!
Beijos e não demore para fazer novos posts.
Com certeza!!! Tudo no tempo certo. Já tem sobre Madrid e na semana que vem terá sobre a Grécia!!! Beijos
bom.
Acaba nos fazendo viajar com suas palavras e ilustrações, suas fotos dizem muito.
Monalisa tão pertinho kkkk
Deve ter sido fantástica a experiência.
Oi Diego! Foi uma experiência incrível! Paris é muito linda! 🙂 Bjs