Acessibilidade: Diferentes Tipos sua Importância

Acessibilidade: Diferentes Tipos  sua Importância

Quando falamos em acessibilidade, a maioria das pessoas pensam em Acessibilidade Arquitetônica para Pessoas com Deficiência, mas neste artigo mostrarei para vocês que a acessibilidade vai muito mais além.

Segundo o Dicionário Michaelis, Acessibilidade é a qualidade do que é acessível, ou seja, é aquilo que é atingível, que tem acesso fácil. É um substantivo feminino que está relacionado àquilo que tem facilidade de aproximação, no trato e na aquisição.

Mas essa definição não é nada perto do seu real significado e importância!

Para a LBI (Lei Brasileira de Inclusão), acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados, de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

O direito à acessibilidade vem promovendo, através de órgãos públicos ou privados, diversas mudanças nas condições de acesso aos espaços públicos e coletivos.

Por isso, de acordo com as normas da ABNT (NBR 9050) devem ser levados em consideração pelo menos seis tipos diferentes de acessibilidade. São eles:

– Acessibilidade Atitudinal;

– Acessibilidade Arquitetônica;

– Acessibilidade Metodológica;

– Acessibilidade Instrumental;

– Acessibilidade Comunicacional;

– Acessibilidade Programática.

 

→ Acessibilidade Atitudinal

A acessibilidade atitudinal é entendida como o ato de perceber o outro em discriminação, preconceitos imposições de padrões pré-definidos.

Por exemplo: usar o termo “pessoa com deficiência”, e não “deficiente”; ao falar com uma pessoa com deficiência, dirigir-se diretamente a ela, e não ao seu acompanhante; não tratar a pessoa com deficiência como “coitadinho”.

 

Já ouviu falar no termo Capacitismo?

O Capacitismo é basicamente o preconceito contra pessoas com deficiência.

O  termo, que vem da tradução do inglês ‘Ableism’, significa destratar ou ofender uma pessoa por sua deficiência.

 

“O capacitismo é a ideia de que pessoas com deficiência são inferiores àquelas sem deficiência, tratadas como anormais, incapazes, em comparação com um referencial definido como perfeito.” ( Lau Patrón, 32)

 

Atualmente o movimento contra falas e atitudes capacitistas está bem forte, principalmente nas Redes Sociais, onde ganha cada vez mais espaço, causando mais reflexões sobre o assunto.

 

→ Acessibilidade Arquitetônica

Este talvez seja o tipo de acessibilidade mais conhecido. Pois é a acessibilidade que se preocupa em eliminar as barreiras físicas de um local. Esta acessibilidade abrange adaptações físicas como a instalação de rampas, elevadores em prédios para deficientes físicos, piso tátil para deficientes visuais, entre outros.

 

→ Acessibilidade Metodológica

É também conhecida como acessibilidade pedagógica e diz respeito à queda de barreiras nas metodologias de ensino. Exemplo: quando professores realizam trabalhos e atividades com o uso de recursos de acessibilidade para alunos com deficiência, como textos em braile ou textos ampliados. É também muito presente em ambientes corporativos, na análise dos postos de trabalho adequados aos profissionais com deficiência.

Atualmente, tem-se a tecnologia como grande aliada nos processos de acessibilidade metodológica. O uso de dispositivos de voz para pessoas com deficiência visual é um exemplo de adaptação na metodologia que vem sendo cada vez mais aplicado na aprendizagem.

 

→ Acessibilidade Instrumental

A acessibilidade instrumental trata de fornecer todo o equipamento necessário, seja para trabalho, estudo e lazer da pessoa com deficiência de acordo com a sua necessidade. Como por exemplo uma mesa de trabalho adaptada para cadeira de rodas.

 

→ Acessibilidade Comunicacional

A acessibilidade comunicacional consiste em viabilizar que pessoas com deficiência e dificuldade de comunicação possam estar inseridas na sociedade, rompendo essas barreiras de interação e sociabilização.

Um exemplo de acessibilidade comunicacional é a presença de um intérprete de libras nas escolas e empresas para quem faz a utilização da língua de sinais.

Dentro da Acessibilidade Comunicacional incluo a Acessibilidade Digital, tão importante principalmente nos dias atuais, onde estamos cada vez mais “tecnológicos”.

E o que é Acessibilidade Digital? A Acessibilidade digital é uma série de recursos que possibilitam a navegação, a compreensão e a interação de qualquer pessoa na internet (independentemente de suas dificuldades), sem ajuda de ninguém. Em outras palavras: é uma internet acessível para todos!

Neste artigo falo mais detalhado sobre ela: Acessibilidade Digital e sua Importância

 

→ Acessibilidade Programática

Está relacionada às normas, leis e regimentos que respeitam e atendem as necessidades das pessoas com deficiência, e se necessário, utilizar adaptações razoáveis para incluir a todos. Um exemplo é a Lei nº 13.146/2015, conhecida como Lei Brasileira da Inclusão (LBI), ou a Convenção da ONU sobre Direitos da Pessoa com Deficiência.

 

Como puderam perceber, a acessibilidade é muito mais abrangente!

E se engana quem pensa que a acessibilidade “beneficia” somente as pessoas com deficiência, ela é benéfica para todo mundo! Os idosos, pessoas com carrinho de bebê, temporariamente com mobilidade reduzida e até mesmo pessoas sem “limitações”, darei um exemplo a vocês.

Recentemente participei como modelo de um Reality Show de moda, o Design Vision, onde desfilei, junto com a Hilary, para um dos finalistas do programa.

Tivemos que desfilar em uma passarela, onde os jurados ficavam sentados ao redor e tínhamos que parar em um ponto específico da passarela por causa das luzes e câmeras, mas como saber o ponto exato onde deveria parar se não enxergo? Veio a ideia de colocar tipo um tijolo de madeira, onde eu encostaria o pé e saberia que ali deveria parar para retornar, mas, Hilary é treinada para me desviar de todo tipo de obstáculo, então, antes de chegar ao “tijolo”, ela me desviava, cumprindo com excelência seu trabalho 😉

E agora? Encontramos uma outra solução, uma pessoa chamaria meu nome no ponto que eu tivesse que parar, assim foi feito e deu tudo certo! Mas sabe quem se beneficiou com aquele “tijolo”? Os outros modelos! Pois não tinha nenhuma marcação, e assim facilitou para eles saberem até onde poderia ir também.

Viu como a acessibilidade é boa para todos?

Vamos juntos lutar por um mundo mais acessível! Como uma amiga diz, “A acessibilidade é um direito, e não um favor!”.

 

Fontes:
Capacitismo: entenda o que é e como evitar preconceito disfarçado de brincadeira | CNN Brasil
Conheça 7 tipos de acessibilidade para tornar nossa sociedade mais inclusiva – Fundação Dorina Nowill para Cegos

 

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