Belo Horizonte – O que fazer em 3 dias

Fui a Belo Horizonte para uma reunião e aproveitei para ficar alguns dias a mais e conhecer a capital mineira.

Me indicaram a região de Savassi e Lourdes para me hospedar. Após uma busca no Booking.com, reservei minha hospedagem no Augustus Hotel que fica em Savassi, essa região fica bem próxima do centro.

Fomos de ônibus e chegamos em Belo Horizonte debaixo de chuva. ;(

Logo na chegada já tive uma boa impressão, chamei Uber e não teve nenhuma objeção com relação a Hilary. Por mais que exista uma lei federal (lei 11.126) onde são obrigados a levar cão-guia, muitas vezes temos problemas quando chamamos Uber ou taxi.

Assim como acontece no caso acima, alguns hotéis também desconhecem da lei do cão-guia e se recusam a nos hospedar, então comecei a não avisar que estou indo com cão-guia. Assim foi no Augustus Hotel, o motorista do Uber foi super atencioso, entrou comigo no hotel para me ajudar caso tivesse algum problema por causa da Hilary, e mais um espanto, não questionaram nada! Era como se ela nem estivesse ali, adorei!

Todos os funcionários foram HIPER atenciosos. A camareira me ajudou quando entrei no quarto, me mostrou onde ficavam as coisas, como mexer no ar condicionado e etc… O hotel é simples, não tem área de lazer, mas foi totalmente satisfatório. Boa localização, ótimo atendimento, boa acomodação e café da manhã bom (2 frutas, pão de queijo, pão, frios, bolo…).

Preciso relatar o ocorrido na noite do dia em que cheguei… A estrada para BH tem muitas curvas, e somado a falta de descanso e má alimentação, não estava me sentindo muito bem, estômago meio revirado. Fui até a recepção perguntar se serviam lanche, não queria sair do hotel para jantar, queria algo leve porque não estava me sentindo bem, infelizmente não lembro mais o nome do recepcionista, mas ele me ofereceu um pedaço de bolo, que depois descobri que seria o lanche dele da madrugada… Achei muito fofa a atitude dele! <3

Fazia bastante tempo que não viajava sozinha com a Hilary, estava sentindo muita falta dessa liberdade com ela!

A primeira dica que eu dou sobre passear por Belo Horizonte, evite fazer isso de segunda-feira, está praticamente tudo fechado.

Do hotel fui caminhando até a Praça da Liberdade, ela foi restaurada e tinha sido reinaugurada no dia em que visitei, disseram que ela ficou bem bonita com a restauração!

Ao redor da Praça da Liberdade existem inúmeras atividades culturais para se fazer: o CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), Memorial Minas Gerais, Museu das Minas e dos Metais, o Espaço do Conhecimento da UFMG, a Casa FIAT de Cultura, o Centro de Arte Popular e o Museu Mineiro. Na mesma região também está o Edifício Niemeyer e o Palácio da Liberdade. Um pouquinho mais afastados, mas ainda bem próximos, fica o Museu de Artes e Ofícios e o Palácio das Artes.

Visitei o CCBB, Memorial Minas Gerais e o Museu das Minas e dos Metais, me falaram que a exposição da Casa Fiat estava bem legal, mas não deu tempo de visitar os outros espaços.

Em todos os locais teve um funcionário me acompanhando, me descreviam as obras e explicavam sobre tudo. Foi a minha primeira experiência sozinha em exposições, normalmente sempre vou acompanhada, estava preocupada em como seria, mas foi tudo maravilhoso!

Achei o Museu das Minas e dos Metais incrível! Talvez porque pude interagir com a maioria das coisas, pode ser, mas achei demais! Estão investindo bastante em acessibilidade. Logo na entrada tem tipo um Toten com 3 metais, podemos tocar, apertamos um botão onde se inicia um áudio explicando sobre o formato do metal e qual é, nesse Toten também tem o quadradinho com Libras, incrível! Existe um Toten em cada andar.

O Memorial Minas Gerais é enoooorme, fui nele após ter visitado o Museu das Minas e dos Metais, e por isso já estava um pouco cansada e era tudo muito visual, não curti muito, a parte que mais gostei é uma sala onde simula um vilarejo mineiro, tem a maquete com as casinhas, igrejas… ele mostra 24hs desse vilarejo, a sala muda de cor (dia e noite), tem som do sino da igreja, coruja, galo cacarejando… Enfim, lindo!

Saindo da parte central e cultural de BH, não podia deixar de visitar a famosa Lagoa da Pampulha né?

Nessa visita aproveitei para conhecer uma companheira de profissão, a Michele do Blog Michele na Estrada. Nos encontramos na Casa do Baile, local bem tradicional de Belo Horizonte, onde hoje funciona uma lanchonete. A Casa do Baile foi projetada em 1943 para ser um local de dança, hoje o edifício da Casa do Baile preserva a memória de Niemeyer com desenhos, fotos e frases do arquiteto nas paredes internas. O local, revestido de azulejos decorativos e rodeado por belos jardins projetados por Burle Marx, abriga exposições temporárias e também serve de palco para pequenos shows, e possui um belo pôr-do-sol com vista para a Lagoa da Pampulha! Recomendado pela Michele, comi uma torta de frango, estava uma delícia!

A Lagoa da Pampulha foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO e vale a pena a visita! Caminhamos por sua orla (parte dela, a lagoa é bem grande!), e apreciamos suas belas paisagens pelo caminho (a Michele foi me descrevendo tudo por onde passávamos <3).

Infelizmente resolvi visitar BH quando boa parte dos seus pontos turísticos estão sendo restaurados, então só apreciei a vista e tirei fotos, mas os pontos principais para se visitar na Lagoa da Pampulha são: Igrejinha de São Francisco (onde eu mais queria ter entrado), Casa Kubitscheck, Casa do Baile (onde lanchamos com uma bela vista para a Lagoa) e o Museu de Arte Moderna.

Voltei para o hotel no fim de tarde, como estamos no horário de verão, aproveitei para ir a Praça do Papa, onde tinha lido ser o melhor lugar para apreciar o pôr-do-sol. Como era mais distante do hotel, chamei um transporte particular.

Desci do carro, escutei várias pessoas conversando e pensei “e agora? Como vou saber onde é o melhor lugar para tirar fotos?”. Caminhei um pouco com a Hilary, até que escutei a voz de uma mulher e pedi ajuda, disse assim: “oi, você pode me ajudar? Me posicionar onde é a melhor paisagem para eu tirar foto e tirar uma foto minha?”…haha… Ela me ajudou e ainda me posicionou em 2 lugares diferentes! Depois ainda pedi para me posicionar para eu fazer Stories, folgada eu?rs.

Como me disseram não ser um lugar muito seguro a noite, fiquei pouco tempo. Aí veio a dúvida de novo, onde vou ficar para o motorista me achar? Dessa vez pedi ajuda para um rapaz, mas fiquei em um lugar onde não tinha ninguém para me avisar quando o motorista chegasse, pela primeira vez enviei mensagem dizendo que eu era deficiente visual, para ele me chamar quando chegasse e com muita relutância, falei que estava com cão-guia, já esperando ele cancelar a corrida. Até a chegada dele fiquei tensa, e não é que ele parou na minha frente e chamou meu nome? Mais um ponto positivo para BH!

No meio do caminho resolvi mudar o trajeto e ir a um restaurante próximo do hotel, o Restaurante La Macelleria, almocei lá no meu primeiro dia, gostei muito do atendimento e da comida, me disseram que faziam hambúrguer artesanal e resolvi provar. Delicioso!

Além desses pontos turísticos tradicionais, passiei pelo bairro de Savassi, fui até uma pracinha que li falando que era legal, mas não curti muito. Próximo está a Sorveteria São Domingos, a mais tradicional da cidade, teve gente dizendo que adora e gente me dizendo que não é muito bom. Na minha opinião, pelo menos os sabores que provei, não me agradou muito, mas isso é sempre uma opinião pessoal. No último dia, antes de ir para a rodoviária, passei pela Pingado Sorvete de Minas e achei o sorvete bem mais gostoso!

Minha avaliação sobre Belo Horizonte é bem positiva! Eu e Hilary fomos muito bem recepcionadas, não tivemos nenhum problema com a entrada dela nos locais, todos nos trataram com muito carinho!

Esses foram nossos passeios por Belo Horizonte, cheguei em BH na segunda de manhã e fui embora quarta-feira a noite. Começava os passeios no período da tarde e fiz tudo com tranquilidade.

 

Gostou das nossas dicas? Já visitou algum lugar imperdível em BH? Conta para gente!

 

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